De acordo com a Decisão XIX/6 (Anexo II), adotada na XIX Reunião das Partes do Protocolo de Montreal, realizada em setembro de 2007, todos os países se comprometeram a cumprir um novo cronograma de eliminação dos HCFCs.
No caso do Brasil os prazos estão definidos da seguinte forma:
Linha de Base = Média do consumo nos anos 2009 e 2010
2013 → congelamento no valor da Linha de Base
2015 → redução de 10% em relação à Linha de Base
2020 → redução de 35% em relação à Linha de Base
2025 → redução de 67,5% em relação à Linha de Base
2030* → redução de 97,5% em relação à Linha de Base
2040 → redução de 100% em relação à Linha de Base
Este módulo tem por objetivo orientar de forma prática de como se adequar ao novo cenário de desafio em relação ao R22.
Abaixo constam algumas medidas que são possíveis para seu equipamento de climatização e refrigeração, e que não podem parar devido a falta de gás ou o alto custo dos mesmos.
Medidas preventivas
Recolher
É remover ou transferir o fluido refrigerante, sem a necessidade de processá-lo ou limpá-lo, sendo esta a forma mais simples e com baixo custo, para o atendimento de procedimentos ou de regulamentos para evitar lançar na atmosfera esses poluentes.
Podemos observar que este equipamento transfere o fluido refrigerante, não fazendo mais nada além disso. Lembre-se que nunca deve misturar no mesmo recipiente de armazenagem fluidos de diferentes tipos. Exemplo: não misturar R22 com R134a porque os equipamentos disponíveis no Brasil não permitem esta operação
Reciclar
É remover alguns contaminantes encontrados nos sistemas dos tipos: óleo, água, ácido oléicos e clorídricos. Neste processo o refrigerante é destilado, depois filtrado, então condensado e então reenvasado.
Regenerar
É remover alguns contaminantes encontrados nos sistemas dos tipos: óleo, água, ácido oléicos e clorídricos, nesta sequência o refrigerante é destilado, depois filtrado, então condensado, analisado e se estiver de acordo com a Norma ARI 700 (pureza, umidade, acidez, gases não condensáveis e níveis de resíduos máximos permitidos) então reenvasado.
Destinação
Atualmente no Brasil já existem centrais de regeneração aptas a receber fluidos refrigerantes para serem reutilizados dentro das normas exigidas pela legislação.
Retrofit
A medida mais eficaz para o seu equipamento de climatização, que se torna importantíssimo na linha de produção, é o retrofit dos gases usados por ele.
Já existem diversos fluidos refrigerantes alternativos para substituição do HCFC-22 (R22) em equipamentos em operação. O retrofit é uma solução prática com adequado custo x benefício.
Definição de retrofit: Conversão de equipamentos que contêm HCFCs para operar com novos fluidos refrigerantes, que não degradam a camada de ozônio.
Para que isso ocorra:
1) A performance dos novos refrigerantes devem ser bastante similar aos dos refrigerantes que eles substituem.
2) Fluido refrigerante deve trabalhar em uma faixa de pressão e temperatura, onde a Temperatura de descarga não exceda à Temperatura limite de descarga do compressor.
3) As pressões máximas do sistema não devem ser maiores do que os limites atuais aceitáveis no sistema – As tubulações e compressores devem suportar tais pressões.
4) Deve ser mantida a compatibilidade de materiais entre os novos refrigerantes (Elatômeros, Vedações, O'rings etc), materiais de construção do compressor e componentes do sistema (Cobre, Aço, Alumínio e etc).
5) Deve-se também garantir a miscibilidade e compatibilidade do fluido refrigerante com o óleo lubrificante presente no sistema (Óleo Mineral, Poliol Ester, Alquil Benzeno).
A Kalthaus Climatização e Refrigeração Industrial esta preparada e treinada para prestar a consultoria necessária no seu equipamento de climatização, e realizar o retrofit do equipamento, para gases que não degradam a camada de ozônio.